domingo, 14 de março de 2010

Memórias.

[Devido a falta de tempo por causa do meu trabalho, está bem difícil atualizar sempre esse blog, por incrível que pareça, quanto mais eu chego perto dos dias de hoje, mais fica difícil de lembrar as coisas. Foram muitas histórias, muitas aventuras. Acabei de abrir uma cerveja estúpidamente gelada, e vou tentar lembrar de coisas que fizeram parte da minha vida e que vou guardar pra sempre no meu coração. Sejam bem vindos!]



No dia 12 de Maio de 2002 fomos convidados pra tocar num dos melhores eventos realizados em Volta Redonda, Rio de Janeiro. Uma ótima estruta e as bandas tratadas com muito respeito. O Freak Show deixou saudades, é uma pena que tenha acabado. Era um evento que juntava facilmente de 2 a 3 mil pessoas por evento. Um ótimo palco com iluminação profissional. Ficava fácil fazer um bom show!! Nesse show tocamos com a banda Mandril, que tinha no vocal o "famoso" Piu Piu. Esse rapaz era ou ainda é, sei lá, adépto da urinoterapia. Bebia mijo mesmo, quentinho saído direto da fonte. Nesse evento ele encheu um copo de urina durante o show, na frente de todo mundo, e bebeu tudo sem deixar uma gota se quer. O legal era ver a cara de nojo do público. No final do show perguntei porque ela fazia aquilo. Ele tentou dar a explicação, mas não convenceu. Aí, fiz outra pergunta.

- Você já parou pra pensar, que se seu organismo está jogando fora é porque não presta?

Ele ficou me olhando com a cara de quem não tem uma resposa plausível. Mas fora isso é um cara muito gente boa (risos)

Nesse mesmo show, apareceram 3 meninas que estavam fazendo a alegria da rapaziada, elas estavam sempre dando beijinhos na boca entre elas. Alguém colocou as três no palco durante o show do Mandril e depois que o Piu Piu bebeu o xixi, quis dar bitoca nas meninas, elas fugiram é claro. No camarim o assédio continuou, tava todo mundo doido pra dar beijinhos triplos ou quadruplos nas três ninfetas. Pedi e ganhei, o guitarrista do Mandril pediu e NÃO ganhou. (risos)

Acho que por isso ele ficou chateado e fez o que melhor sabe fazer, inventar histórias. História essa, que gerou um grande mal estar. O cara teve a cara de pau de inventar que eu tinha beijado o organizador do evento, e espalhou pra todo mundo isso, a ponto do oraganizador do evento me perguntar porque EU inventei aquela história. Enfim, tive que contar a outra invenção desse rapaz pra que ele entendesse que quem invendou toda essa história foi guitarrista do Mandril.

O Jason tinha saído em turnê pela Europa, e no final o baterista não voltou com o resto da banda, pronto. Foi o suficiente para nosso amigo "Monteiro Lobato" inventar que o baterista do Jason conheceu um travesti, se apaixonou e ficou por lá. E a verdade era que ele havia conhecido uma espanhola que convidou ele pra passar uma temporada com ela. Resumindo, o cara é pior que Forrest Gump.

Não lembro o nome do fotógrafo, mas ele foi muito feliz nessa foto. Na foto ele conseguiu pegar exatamente o momento em que estou na ar com a guitarra. Essa foto virou capa de cd e cartazes.




No ano seguinte, fomos convidados pra fazer um pocket show na FNAC do Barra Shopping/RJ. Foi uma experiência um tanto inusitada! O Rodrigo já estava na banda, e a FNAC é uma livraria que vende cd's, ou seria o contrário? Não importa. Falaram que deveríamos fazer um show curto e que não poderíamos tocar "tão alto". Só que isso é uma missão quase impossível pra gente, não porque fazemos por querer, mas quando percebemos o som já está no talo. E pra piorar, eu resolvi tocar guitarra também! Eram 3 guitarras berrando, num pequeno palco dentro de um café de uma livraria. Os velhinhos que costumavam tomar seus cafezinhos lendo suas revistas, não conseguiam se concentrar, e a molecada começou a agitar no recinto deixando os seguranças doidos, foi muito legal.



Tomei tanto choque na boca, por estar tocando a guitarra que tive que largar minha putinha (apelido carinhoso da minha Epiphone). Esse dia foi bem divertido.





Com o disco nas lojas, convidei o Gustavo Caldas que já havia feito o clipe de P.N.C. na época que eu estava no Cabeçudos. Além de ser um ótimo diretor, virou um grande amigo. Ele deu a idéia de fazer o vídeo com fotografias (motion picture) e ficou muito bom. Esse clipe passou algumas vezes na MTV, mas como não tinha um jabá da gravadora, não deu em nada. É bem estranho passar na rua e se ver na TV dentro de uma loja de eletrodomésticos. Um cara que ajudou muito a gente nessa época foi o Leandro, dono do estúdio ELAM. Foi ele que emprestou todo o equipamento usado na gravação do clipe, e o Tatá um outro grande brother foi quem levou tudo na sua super Dakota.






Essas fotos foram do show de lançamento do nosso disco ao vivo no ELAM, estúdio onde tudo começou. O Leandro convidou a gente pra fechar a noite num evento beneficente, pra ação da cidadania, onde foram recolhidos mais de uma tonelada de alimentos. Aproveitamos pra fazer o show de lançamento do CD ao vivo, gravado lá mesmo.



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3 comentários:

  1. "...Falaram que deveríamos fazer um show curto e que não poderíamos tocar "tão alto". Só que isso é uma missão quase impossível pra gente, não porque fazemos por querer, mas quando percebemos o som já está no talo. E pra piorar, eu resolvi tocar guitarra também!"

    SEMPRE DO CONTRA!! rsrsrs

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  2. e alemao esse festival tinha tudo pra ser melhor e melhor , mais como tudo no rio e no brasil as coisas nao viram bem. me lembro bem tambem foi o piu-piu dentro da van do rio ate volta redonda
    (calado,surdo,mudo e morto) o cara nao piscava o olho e agente zuando pra caraio falando varias merdas e merda grande....meu irmao a consentracao do cara era tao grande que ate no camarim o cara nao deu um ai! bom, finalizando a coisa toda o cara mijou uns 2 ou 3 minutos no palco, esse e o lendario piu-piu... eu so nao sabia dessa consentracao toda.....

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  3. Que bonito, hein!
    Não sabia dessas histórias, não!

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