sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Diga-me com quem andas...

O início da minha carreira como baixista não foi muito boa. Como falei anteriormente, aprendi a tocar baixo num violão, e quando consegui comprar um instrumento certo, minha mãe vendeu o danado. Mas também, eu dei mole, anunciei no jornal O Balcão e esqueci de falar pra véia que tinha desistido de vender. O preço era baixo (com perdão do trocadilho), não daria pra eu comprar um outro melhor, sem ter que pagar uma diferença grande.

Fiz o meu ensino médio no colégio Brigadeiro Shortch, ali na Taquara. Na minha turma tinha um maluco que só me levava pras furadas, pensando bem, ninguém me obrigava a ir.
Eu estava precisando de um baixo, e ele sugeriu da gente ir até a FEIRA DE ACARI, mais conhecida como ROBAUTO. Segundo ele, eu encontraria um ótimo baixo, por um preço pequenininho.

E lá fomos nós pra Acari, se pedir pra eu voltar lá de ônibus acho que não saberia voltar. Chegando naquele belo lugar, vi de tudo pra vender, geladeira, fogão, papagaio, piriquito, até a sogra neguinho botava pra vender, tinha uma à dias amarrada num poste. Mas o baixo que é bom, nada. Já estava cansado de rodar aquilo tudo, quando tive a brilhante idéia de comer um pastel de queijo, acompanhado de um suculento caldo de cana. Tava de lamber os beiços, afinal, eu estava morrendo de fome. Tinha que aproveitar as promoções. Juro por tudo que é mais sagrado, em menos de cinco minutos após ter ingerido aquela coisa. Tive calafrios absurdos, aquela vontade de cagar que arrepia até o dedão do pé. E o desespero? Naquele inferno não tinha um banheiro, parecia até pegadinha.

Eu falei: "Porra véio, vamos embora então, que o negócio tá sério!" Subimos num ônibus, que eu nem sei qual era, a essa altura já tava dando teto preto de tanta vontade de borrar. Infelizmente não consegui segurar mais que 10 minutos...

Levantei de onde eu me contorcia, puxei a cordinha, e já desci do ônibus cagando nas calças. Sentei na calçada e... chorei. Meu querido amigo, colega, miserável que me levou para aquele inferno, até tentou me ajudar, mas não tinha mais o que fazer. Enquanto eu esperava sentado na calçada, meu "querido colega" foi até o outro lado da rua, onde tinha um posto de gasolina. Sabiamente, já deixou a porta do banheiro aberta e foi lá me dar a boa notícia. Certo é o ditado que diz: "O que é um peido, pra quem está todo cagado?!"

Me levantei com todo cuidado do mundo, afinal, estava escorrendo pelas pernas. Segurei a barra da bermuda, pra fazer a contenção, e fui. E pra limpar... que merda! Grudou tudo nos pelos das pernas, foi foda!

Não sei porque, eu estava com duas bermudas. Por cima uma bermuda cargo do exército (Punkeeeeeeeee) e por baixo uma bermuda de moleton, não, eu não estava de cueca. Fiz o melhor que pude, lavei o que deu pra lavar, mas o cheiro não saía. FODA-SE!! Vamos embora pra casa. Uma coisa eu aprendi. Não tem jeito... liga o FODA-SE!

No ônibus as pessoas se entreolhavam pra tentar descobrir de onde vinha aquele cheiro horroroso. Nosso amigo ria compulsivamente, e eu lá, firmão, sério. De vez enquando eu olhava pra sola do tênis e resmungava coisas do tipo: "Essas pragas desses cachorros, emporcalham a rua toda."

TARDE DE TÉDIO.

Numa outra ocasião, o mesmo cidadão me convidou pra ir num puteiro. Não tinha porra nenhuma pra fazer de tarde, resolveu me levar no puteiro. Eu falei: "Maluco, eu não tenho dinheiro!" E ele: "Esquenta não, eu pago a sua. Estou com R$30,00, é só pegar duas putas de 15." Daí você já vê que não vem coisa boa.

Fomos nós para o centro da cidade do Rio de Janeiro de meu Deus. Era o prédio da putaria aquilo, sei que muitos vão identificar logo. Fomos de andar em andar, e eu tendo que ouvir aquele infeliz perguntando: "Quanto é o RELAX?" Se fosse vinte fudeu, já não dava! Foi quando chegamos na porta FROM HELL...

Apertou a campanhia, abriu-se a porta do desespero. A pergunta básica: "Quanto é o RELAX?" Veio a resposta que eu temia: "Pra vocês é R$15." Nem deu tempo de argumentar, o maluco entrou doido, já catou a bruxa do mar pelo braço e levou pra cabine. Eu fiquei de bucha com uma velha tosca, que me assediou durante todo o processo de aleitamento daquela pequena e magrela criatura de BLAIR.

Enquanto meu amigo da onça descarregava sua tenção lá dentro, eu ficava mais tenso lá fora. A velhinha apertava minhas bolas, na tentativa frustrada de me deixar com vontade de fazer um amorzinho gostoso com ela. Quando eis que surge a nossa little monster, com uma camisinha cheia de porra na mão, um sorriso nos lábios e o comentário que fechou com chave de ouro, toda aquela aventura de terror: "Aí amiga, outra dessa eu não aguento!!" P.S. A amiga era a velhinha que me que me queria.


IRON MAIDEN


"Vamos no show do IRON MAIDEN no Maracanãzinho?" Essa foi a questão levantada na entrada do colégio, poucas horas antes do show. Rockeiro que é rockeiro estuda de noite. Aí começa... vamos, vamos, vamos! Quando vi já tava dentro do ônibus matando aula e indo ver o Bruce Dickinson e banda, sem um centavo no bolso, pra variar, né?

Chegamos. E agora como entramos? Nós éramos quatro. Alguém falou:"Vamos pular!" O muro que cerca o Maracanãzinho deve ter uns 4 metros, eu me senti um artista de circo. Sobe nas costas de um, segura no braço do outro e finalmente conseguimos subir no muro! Igual aqueles documentários na DISCOVERY CHANNEL sobre formigas atravessando rio, saca?

O mais fácil foi se jogar lá dentro, só não contávamos com os guardas e os cães. Imagine aquele filme, onde os presos no campo de concentração querem fugir, pois é, agora imagina isso ao contrário. Conseguimos chegar na rampa, que dá acesso ao telhado. Ficamos um bom tempo na espreita, de repente apareceu um cara na grade chamando a gente e perguntando quanto tinha pra pagar. Putz, eu tava duro, ou entrava todo mundo ou não entrava ninguém. Sei que cada um deu uma merreca para o segurança e passamos por um buraco que já saía na arquibancada.

Os meu parceiros estavam doidos pra fumar a sobrancelha do Papa, e eu tava na pilha de assistir ao show mesmo. Eles subiram uns degraus e apertaram um bracinho de Judas. Só foi acender, vieram dois caras dando carteirada e enquadrando os moleques. Porra véio, e eu ia fazer o quê? Ficaram naquele desenrolo, e os caras foram embora com a maldita deles.

Pelo menos curtimos o show, vi o Bruce Dickinson atirar uma baqueta na cabeça do guitarrista que parece um puddle, numa tentativa frustrada de jogar pra galera. E o pior... ainda virou a cara finjindo que não foi ele. Miserável!

Eu achando que ia pra casa depois do show, escuto assim: "Agora é Circo Voador!!!"
Resumindo, ainda assisti ao show do Celso Blues Boy, e não gastei NADA! O pior foi chegar em casa às 7 da manhã e ver meu pai saindo pra trabalhar.

Foram muitas outras aventuras com essa galera do meu colégio! Vou tentar lembrar de todas pra contar!

Continua...

2 comentários:

  1. vou te dizer q sao 2h20 e não tenho o q dizer, apemas q seus olhos chamam muita atenção.!!!!!
    amanha leio seu texto!

    bjks................


    apaga depoist a
    vou escrever algo decente...pode apostar!

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  2. Brother, tb fui nesse show do Iron!!! Foi foda mesmo.

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