sábado, 31 de julho de 2010

Mais mudanças

O tempo passava rápido e alguns integrantes já não estavam com a mesma pegada, o que é bem normal. A banda ia parando, parando, e ninguém fazia nada pra mudar aquela situação. Falei com Fabio que a banda ia acabar, e que eu não estava mais afim de correr atrás de tudo sozinho. Decidi por um FIM no 8mm e montar uma outra banda.

Juntei uma galera pra fazer um som, o nome da banda seria SK8CORE. Formação: Eu no vocal e guitarra, Bruno na bateria, Zé na guitarra e Júnior no baixo. Fizemos alguns ensaios, mas não havia muito sentido naquilo. Montar outra banda, começar do zero, quando tínhamos todo um repertório pronto, discos lançados e uma turnê na Europa na bagagem, era até burrice da minha parte.

O Júnior não ficou na banda e o Baba entrou no lugar do Bruno na bateria, o Zé foi tocar baixo e o Fabio com a guitarra. Assim continuava o 8mm, com nova formação e gás renovado! Marcamos um show no Audio Rebel (RJ), quando subimos no palco, lá fora jogaram um coquetel molotov no portão. Quando íamos dar o primeiro acorde, entra o Pedro um dos donos da casa correndo pedindo pra desligar tudo que a polícia estava chegando. Coisas do underground, só nos restou ir para o bar beber!














Esse foi o primeiro show do Baba na bateria do 8mm.

Fizemos bastante shows com essa formação. Depois de um ano e alguns meses o Davi assumiu o baixo e o Zé foi tocar guitarra. Já não me lembro porque o Zé saiu da banda e o Davi estava tatuando direto e não tinha mais tempo de ensaiar e fazer shows. Foi por indicação do Zé que apareceu o Breno pra tocar baixo e parecia que tínhamos firmado uma boa base com o Baba, o Fabio e Eu.





O Breno entrou pra banda, se não me falha a memória em 2008. Era sangue novo, cheio de vontade de tocar e marcar shows, começou a colecionar baixos, tinha um mais foda que o outro! Entramos num rítimo de ensaios forte, um disco novo estava quase todo escrito e a cara da banda estava mudando. Decidimos baixar a afinação e tocar mais pesado, seguindo uma linha de hardcore NY...

Ótimo evento, ótimo local, mas...

Tem coisas que eu não entendo, nos convidaram pra tocar nesse evento FACTORY. O organizador fez uma bela divulgação, a festa prometia... mas no dia ficou bem vazio. Uma estrutura legal pras bandas, dois ambientes, grafiteiros... Mas era no Rio de Janeiro na lona da Ilha Governador, se essa festa tivesse acontecido em SP, com certeza a história seria outra.


Foto do show na lona cultural Renato Russo na Ilha , festa Factory.



Teatro Suassuna na Barra da Tijuca, Sarau de um colégio que não lembro o nome. Nos convidaram pra participar desse evento, e confesso que fiquei um tanto inclinado a recusar o convite, só tocaram bandas de moleques e o público na grande maioria seria de pais, avós, tios... e o nosso som nunca esteve tão pesado, e definitivamente, não era o público que gostamos de encarar.

Esse foi um show que me surpreedeu, tanto pela qualidade do som e estrutura, quanto pela receptividade das pessoas que estavam lá, vendemos muitas camisas e cd's. Antes de começar a barulheira, tentei explicar para os "leigos" qual era a proposta da banda. Que pra quem nunca tinha visto um show de hardcore aquela seria uma boa oportunidade, e que tudo que era falado nas letras, inclusive os palavrões não era gratuito. Que a gente só falava o que muitos ali tinham vontade de gritar, num momento de raiva. No intervalo de cada música eu via nos rostos de muitos pais a cumplicidade que eu tanto queria. E os aplausos vieram, eu acho que foram os aplausos mais sinceros que recebemos.

Os comprimetos no fim do show fecharam com chave de ouro uma noite muito inusitada!



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Um comentário:

  1. Você disse nesse dia algo do tipo: Um bom show de hardcore de cadeira para vocês...

    Esse foi o primeiro show que a Giulia foi, ela já estava na minha barriga.

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